Vivemos em uma sociedade na qual somos incentivados a consumir intensamente o tempo todo, prejudicando a nossa saúde financeira.
Somos bombardeados o dia inteiro por diferentes tipos de anúncios sendo influenciados pelo consumo direta ou indiretamente.
A tecnologia chegou a um ponto que temos anúncios que “adivinham” o que estamos pensando, “ouvem” o que estamos conversando. Todos nós com certeza já tivemos essa sensação.
Além disso, a maneira que nos relacionamos e socializamos, através das mídias sociais, acaba nos levando a nos compararmos sempre uns com os outros e, essa comparação nos faz querer consumir cada vez mais.
Como por exemplo, quando rolamos nosso feed e vemos aquela foto do vizinho em um restaurante, o amigo na piscina da pousada ou aquele artigo da moda que aparece no post do influencer.
Crescimento do consumo no Brasil
Não por acaso, os investimentos em publicidade no Brasil triplicaram entre 2001 e 2010 (de R$ 9,3 bilhões para R$ 28,4 bilhões) e, uma de muitas consequências disso é que temos uma população cada vez mais endividada. Recentemente, o país bateu o recorde histórico na última medição do nível de endividamento familiar onde 67,1% das famílias estão endividadas.
Não à toa, grande parte das pessoas tem muita dificuldade em controlar o consumo ou até mesmo simplesmente responder o quanto consome por mês.
Do ponto de vista de organização e planejamento financeiro, isso se torna mais crítico visto que o orçamento mensal sempre é imprevisível. Este é um ponto chave para uma boa saúde financeira: tornar seu orçamento mensal o mais previsível possível.
Afinal, se parar para pensar, muitas de nossas despesas mensais são contínuas, chamadas de despesas fixas, como: aluguel, água, luz, condomínio, TV, internet, celular ou dívidas como financiamentos e empréstimos.
Ou seja, a grande dificuldade está em entendermos nossas despesas com consumos variáveis, como: alimentação, transporte, lazer, compra, presentes entre outras.
Para conseguirmos tornar nossas despesas variáveis mais previsíveis, basta seguir as 3 dicas abaixo:
Conhecer o próprio padrão de consumo
Se você observar, nosso consumo mensal tem uma padrão, um valor aproximado que se repete na maioria dos meses.
Então o primeiro passo para controlarmos nosso consumo e melhorarmos nossa saúde financeira é saber qual é nosso padrão, ou seja, qual é esse valor.
Ter o objetivo da saúde financeira
Uma vez que sabemos quanto consumimos por mês, precisamos entender que essa é uma questão de objetivo, afinal, consumimos o quanto queremos.
Então tendo esse conhecimento, é preciso avaliar se esse valor faz sentido para o seu orçamento mensal e transformar isso em um objetivo, por exemplo: “vou consumir R$1000,00 por mês”.
Assim, caso se cumpra o objetivo, nosso orçamento se torna mais previsível.
Acompanhar, pelo menos semanalmente
Quando descobrimos o valor que se consome por mês e transformamos isso em um objetivo mensal, precisaremos acompanhar nosso consumo para que consigamos cumprir nosso objetivo.
Dificilmente conseguiremos cumprir nosso objetivo de consumo sem fazer um acompanhamento, pois assim, a chance de ultrapassar o valor estipulado é bem grande.
Além das dicas acima, é importante praticarmos o consumo consciente, ou seja, avaliarmos a real necessidade de nossas compras e não agir por impulso, para isso você pode se perguntar:
- O que estamos comprando é necessário?
- Tem uso?
- Agrega algo em nossas vidas?
Aliás, para aprofundar um pouco esse tema, existem 2 documentários disponíveis na Netflix que abordam o consumo de uma forma muito interessante:
“Minimalismo: um documentário sobre as coisas importantes”
Com certeza, existem muitas formas de se medir e descobrir nosso padrão, traçar um objetivo e acompanhar nosso consumo, mas o mais importante é que isso precisa ser simples e com certeza com a Plano você aprenderá isso e muito mais.