Em novembro de 2021, completamos 1 ano de Pix. Nesse tempo, o Brasil atingiu a marca de 115 milhões de usuários e já movimentou mais de 1,6 trilhões de reais.
Sem dúvidas, o novo meio de pagamentos e transferências instantâneos se tornou uma das maiores revoluções no sistema financeiro do país. A seguir, vamos citar os principais erros e acertos do Pix, confira!
1 ano de Pix: Acertos
Se antes estávamos acostumados com o TED, que demorava horas para ser concluído, e com o DOC, que só caía na conta no dia útil seguinte à transação, rapidamente isso mudou de cenário com a chegada do Pix. Além desses empecilhos, estes dois métodos eletrônicos de pagamento possuem taxas de transferência e só ficam disponíveis para serem realizados em dias úteis.
Então, não foi à toa que o Pix caiu nas graças dos brasileiros: este método funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive aos feriados. É completamente gratuito para pessoa física e cai imediatamente na conta do recebedor. Além disso, não é necessário dados cadastrais, como agência bancária e CPF para realizar uma transferência. Basta apenas informar a chave Pix cadastrada.
Por falar em chave cadastrada, uma pessoa física pode ter 5 chaves por conta, já empresas podem cadastrar até 20 chaves por conta.
O Pix também substituiu o uso do dinheiro. Segundo dados da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), três a cada quatro transações via Pix substituem pagamentos que teriam sido realizados em dinheiro, caso o sistema não existisse.
Outra substituição é o boleto bancário. Em maio, começou a funcionar o Pix Cobrança, que permite o pagamento instantâneo por meio de um código QR fotografado com a câmera do celular.
1 ano de Pix: Erros
Em meio a tantos acertos e adesão por parte da população, uma das maiores preocupações ainda é a segurança digital. Os golpistas também acompanham a evolução da tecnologia, sempre em busca de novas estratégias para enganar seus alvos. Dessa maneira, com o sucesso e a facilidade do Pix, o número de golpes também aumentou.
Entre os crimes mais cometidos, estão a criação de perfil falso no Whatsapp para a solicitação de dinheiro; sequestros para obrigar as vítimas a fazerem transferências entre contas; páginas e arquivos falsos para roubar dados e falsas centrais de atendimento.
Na tentativa de impedir os casos de fraudes, sequestros e roubos noturnos, o Banco Central foi obrigado a limitar o valor das transferências bancárias feitas das 20h às 6h em R$1 mil.
De qualquer maneira, nesse caso, o Banco Central está buscando acertar ao adotar novas normas de segurança. Também foi criado o Mecanismo Especial de Devolução, para que a devolução em casos de fraudes seja facilitada. Ou seja, caso a pessoa sofra um golpe, ela pode solicitar a devolução do valor para a instituição que recebeu a transação. Assim, é feito uma análise minuciosa, e caso o golpe seja confirmado, o dinheiro é devolvido para a conta de quem fez o Pix, e quem recebeu a transação é notificado sobre o valor retirado da conta.
Outra preocupação é referente ao aumento do vazamento de dados. Em setembro deste ano, o Banco Central anunciou que 395 mil chaves do Pix foram obtidas por hackers. Apesar de não terem sido expostos dados sensíveis, como senhas, valores movimentados e saldos nas contas, as instituições bancárias estão investindo em soluções tecnológicas para evitar que isso ocorra novamente.
Neste 1 ano de Pix, a tecnologia ajudou a desburocratizar os pagamentos. O que será que vem pela frente agora?
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